Não trabalho com marketing político. Não que não entenda do comportamento dos políticos. Entendo o suficiente para não ser um bom entendedor. Por isso assisto de longe.
Mas não é só do marketing político que passo ao largo. Não atendo também fabricantes de cigarros, armas e munições, além de organizações religiosas. São segmentos que criam ressalvas em mim. Se treinasse vendedores de cigarros eu correria o risco de inconscientemente treinar o pessoal para vender menos, não mais, tamanha a minha falta de motivação.
Motivação é o que também falta quando o assunto é religião. Diante da confusa profusão de seitas, evito atender organizações religiosas por nunca saber ao certo se estou promovendo uma causa justa ou assessorando um mercador de almas.
Voltando ao marketing político, para um jornalista que me procurou, expliquei que existe um elemento na imagem que costuma passar despercebido: a simbiose do candidato com o público. Uma eleição é um contrato entre o que vota e o que é votado, no qual ambos buscam atender seus próprios interesses.
Em que pese o discurso de boa vontade e desprendimento de alguns, eu sou mais Adam Smith:
"Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seus próprios interesses".
A imagem de um candidato, portanto, não deve ser analisada em termos absolutos, mas relativos. O candidato com a pior imagem pode ganhar a eleição por ela encontrar eco na maior parcela da população votante.
Esta foi a rápida análise da imagem de alguns candidatos a prefeito de São Paulo que fiz para um grande jornal. Por ser apolítico e eleitor no interior considero-me isento o suficiente para analisar os candidatos apenas do ponto de vista da imagem. A ordem é alfabética:
Alckmin (Razão) - Tem a imagem ideal para quem não vota por paixão, mas com a lógica e a razão. Pessoas metódicas, racionais e organizadas gostam de uma imagem assim e apreciam sua oratória soletrada.
Mas não é só do marketing político que passo ao largo. Não atendo também fabricantes de cigarros, armas e munições, além de organizações religiosas. São segmentos que criam ressalvas em mim. Se treinasse vendedores de cigarros eu correria o risco de inconscientemente treinar o pessoal para vender menos, não mais, tamanha a minha falta de motivação.
Motivação é o que também falta quando o assunto é religião. Diante da confusa profusão de seitas, evito atender organizações religiosas por nunca saber ao certo se estou promovendo uma causa justa ou assessorando um mercador de almas.
Voltando ao marketing político, para um jornalista que me procurou, expliquei que existe um elemento na imagem que costuma passar despercebido: a simbiose do candidato com o público. Uma eleição é um contrato entre o que vota e o que é votado, no qual ambos buscam atender seus próprios interesses.
Em que pese o discurso de boa vontade e desprendimento de alguns, eu sou mais Adam Smith:
"Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seus próprios interesses".
A imagem de um candidato, portanto, não deve ser analisada em termos absolutos, mas relativos. O candidato com a pior imagem pode ganhar a eleição por ela encontrar eco na maior parcela da população votante.
Esta foi a rápida análise da imagem de alguns candidatos a prefeito de São Paulo que fiz para um grande jornal. Por ser apolítico e eleitor no interior considero-me isento o suficiente para analisar os candidatos apenas do ponto de vista da imagem. A ordem é alfabética:
Alckmin (Razão) - Tem a imagem ideal para quem não vota por paixão, mas com a lógica e a razão. Pessoas metódicas, racionais e organizadas gostam de uma imagem assim e apreciam sua oratória soletrada.
Kassab (Situação) - Por ser situação e vitrine para as pedradas da oposição, fica em desvantagem. A dor presente é sempre mais vívida do que a passada, a qual nosso cérebro recusa resgatar. Portanto suas falhas estarão mais associadas à sua imagem do que as dos outros candidatos. Graças a uma conjuntura mundial de momentânea prosperidade o candidato pode ser visto por alguns como time que está ganhando.
Maluf (Tradição) - Exposição, sotaque e feições são a matéria prima de todo caricaturista, daí a imagem caricata que acabou associada ao político. Mesmo assim sua imagem encontra eco nos mais saudosistas, que acreditam que no passado a vida era melhor, havia mais segurança e a cidade tinha um dono.
Marta (Paixão) - A imagem do tailleur vermelho encontra eco no público que vota com o coração e a emoção. Por ser mulher, sexóloga e mãe de roqueiro, agrada quem aprecia o sincretismo e a diversidade.
Em termos de imagem, não há melhor ou pior, ficando tudo por conta da percepção. A imagem que revelar maior simbiose com o maior número de eleitores é a que leva a faixa, independente de ser a melhor ou pior em termos absolutos. O que conta é a percepção e o eco que gera na mente votante.
Sempre é bom lembrar que numa votação há 2 mil anos a imagem do ladrão e homicida foi a que melhor representou o herói no conceito popular da época. E Barrabás acabou levando a melhor.
a
artigo de mariopersona.com, por Mario Persona
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