terça-feira, 3 de novembro de 2009

Motivação humana, o ciclo

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A motivação humana tem sido um tema que tem recebido maior atenção no cenário empresarial, devido ser um tema amplo e complexo sobre o rendimento de cada individuo no âmbito profissional. Devido a inúmeras variáveis, a motivação tem sido um fator relevante no desempenho das pessoas nas organizações.

Os profissionais e as empresas estão cada vez mais exigentes, cada um com seus direitos. Profissionais desejam maiores benefícios e organizações querem mais rendimento.

Para entender melhor o termo motivação, é necessário apresentarmos algumas teorias, de conceituados pensadores, como forma de dimensionar os conceitos teoricos do assunto. Numa primeira teoria, de Lewin, este destaca que motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de certa forma. Um motivo gera uma ação (origem da palavra). Esse impulso é gerado por um fator externo (provindo do ambiente) e do raciocínio do indivíduo. Esta relacionada com a cognição (conhecimento) das pessoas e seus paradigmas formados durante a sua vivência. Neste contexto de “ambiente psicológico” ocorre a variação de interpretação e forma de enxergar a situação pelas pessoas.

Lewin também definiu três suposições relacionadas para explicar o comportamento humano:

1. Comportamento é causado pôr estímulos internos (hereditariedade) e externos (vivência);
2. Comportamento é motivado pôr algum objetivo;
3. Orientado para objetivos pessoais.
Existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade, Existe também o ciclo motivacional, teoria explicada por Chiavenato, que esclarece as etapas para satisfazer e trazer motivação:

1) Equilíbrio interno;
2) estímulo ou incentivo;
3) necessidade;
4) tensão;
5) comportamento ou ação;
6) satisfação.

Outra teoria, considerada uma das mais respeitadas do meio administrativo é a teoria de Maslow. Ela tem por base uma pirâmide onde são citadas as seqüências de necessidades do ser humano, que seguem abaixo:

1. Necessidades fisiológicas: alimento, repouso, abrigo, sexo, etc;
2. Necessidades de segurança: proteção, emprego, etc;
3. Necessidades Sociais: relacionamento, aceitação, amizade, compreensão, consideração;
4. Necessidades de auto-estima: orgulho, auto respeito, progresso, confiança, status, admiração, etc;
5. Necessidades de auto realização: auto-desenvolvimento, auto-satisfação, independência financeira,etc.

Estão em pirâmide, com algumas salientações. A necessidade seguinte será alcançada se a anterior for atingida. Pessoas são movidas a elas. Necessidades mais elevadas tendem a ficar em segundo plano. Uma quarta teoria é de Herzberg. Ele destaca dois fatores que influenciam a motivação:

- Fatores motivacionais (intrínsecos): trabalho em si, realização pessoal, reconhecimento, progresso profissional, responsabilidade. São fatores satisfacientes, pois quando são ótimos, provocam satisfação. Se não evitam a insatisfação;
- Fatores higiênicos: condição de trabalho, administração da empresa, salário, relação com supervisor, benefícios sociais. Este quando ótimo, apenas evita a insatisfação. Não elevam a satisfação.

As duas teorias – Maslow e Herzberg – apresentam pontos de concordância. Fatores higiênicos referem-se a necessidades básicas (1 e 2 e parte de 3). Fatores motivacionais referem-se a necessidades secundárias (3,4 e 5). Numa quinta teoria, Vroom cita: Pessoas tem expectativas e esperam recompensas. Concedem seu esforço empresarial em troca destas. Há uma relação ampla entre os termos. Isto leva a motivação. O ser humano é complexo (cada pessoa um sistema individual). As teorias acima nos ajudam a perceber e entender melhor sobre este importante conceito, de motivação.

Cada um de nos tem um jeito de lidar com as frustrações. Temos altos e baixos. Num contexto mais casual, diria o seguinte:

- Devemos tentar buscar um equilíbrio entre as vidas pessoais, profissionais e amorosas.
- Devemos evitar criar elevada expectativa em cima de fatos imprevisíveis.
- Cada um tem sua válvula de escape. Independente da forma, tente extravasar sentimentos ruins e mágoas que possam lhe puxar para trás. Um exemplo é desabafar com um bom amigo. - Fuja do quase. Eu quase fui um grande empresário, eu quase comprei um carro, eu quase fui médico, eu quase me dei bem na vida. Não conseguir algumas coisas geram frustração e desmotivação. Atinja e lute pelo resultado.

Devemos ter uma ambição saudável, não obsessiva. Muitos pensamentos são validos nesta questão de definir qual sua motivação. Ela esta ligada com a satisfação. É o resultado direto de estar motivado. Fica a questão de cada um analisar-se internamente e decidir por livrar-se de males e paradigmas que fazem seu inconsciente trabalhar contra você.


Bibliografia: CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria processo e prática; São Paulo, editora Atlas, 2002.

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